Retoma do blogue

Atendendo ao fim do curso de Turismo e há necessidade de otimizar os recursos decidiu-se retomar este blogue para publicação de trabalhos escolares de diversos cursos.

Calamidades dos Açores no século XX

1907
Erupção submarina na Fractura Mónaco - A 1 de Abril detectou-se uma pequena erupção a cerca de 400 m de profundidade no Banco Mónaco (SSW de S: Miguel). Emitiu cinzas e provocou o corte do cabo submarino S. Miguel - Faial.

1911
Erupção submarina na Fractura Mónaco - Em Março detectou-se uma pequena erupção a cerca de 200-300 m de profundidade a SSW da de 1907. Terá durado apenas algumas horas.
1926
Grande sismo na cidade da Horta - A partir de Abril deste ano a ilha do Faial foi sacudida por uma série de sismos de intensidade variável, um dos quais, a 5 de Abril, provocou danos em edifícios nas freguesias de Flamengos, Ribeirinha e Conceição, particularmente nos lugares de Farrobo, Lomba e Espalhafatos. A 31 de Agosto, pelas 8 h 42 min., a ilha foi sacudida por um violento sismo que provocou 8 mortos, mais de 200 feridos e destruição generalizada na cidade da Horta, e nas freguesias de Praia do Almoxarife (onde das 220 casas apenas 16 ficaram habitáveis), Flamengos, Feteira e Castelo Branco e na zona compreendida entre a Lomba do Pilar e o Salão. Ao todo ficaram derrubadas, total ou parcialmente, 4138 casas.
1957-1958
Erupção dos Capelinhos, Faial - De 16 a 27 de Setembro de 1957 sentiram-se na ilha do Faial mais de 200 abalos de terra, de intensidade geralmente fraca. A 27 de Setembro iniciou-se uma erupção submarina a cerca de 1 km de distância da Ponta dos Capelinhos. A erupção evoluiu formando primeiro uma ilha que, com o aparecimento de um istmo, se ligou a terra. O vulcão manteve-se em actividade até Outubro de 1958. O tremor associado ao vulcão e a queda de cinzas e materiais de projecção provocaram a destruição generalizada das habitações e campos do oeste do Faial. Legislação passada pelo Congresso dos EUA permitindo a imigração de açorianos desencadeou um êxodo de que a demografia das ilhas ainda não recuperou.
1963
Crise sísmica e erupção submarina frente a St. Luzia, Pico - Entre os dias 12 e 15 de Dezembro, os sismógrafos instalados no Faial registaram tremor vulcânico com foco ao largo do lugar do Cachorro, St. Luzia, costa norte da ilha do Pico. O tremor foi contínuo nos dias 13 e 14 de Dezembro. A 15 de Dezembro, com bom tempo e boa visibilidade, diversas pessoas do Faial e Pico avistaram "bolas ou nuvens de vapor" saindo do mar frente ao Cachorro. Não foi recolhido qualquer material e o fenómeno não voltou a ser avistado, não se registando quaisquer danos.
1964
Crise sísmica em S. Jorge - Uma crise sísmica abalou a parte oeste da ilha de S. Jorge, provocando grande destruição nos Rosais e nas Velas. Ficaram danificadas mais de 900 casas e 400 destruídas. Espalhou-se o pânico na ilha, levando à evacuação de grande número de jorgenses para a Terceira e outras ilhas. Esta crise esteve associada a uma erupção submarina ao largo dos Rosais.
1973
Crise sísmica no Pico e Faial - A partir de 11 de Outubro começaram a ser sentidos numerosos sismos nas ilhas do Pico, Faial e S. Jorge, com particular destaque para a freguesia de S. Mateus e o lugar da Terra do Pão, na ilha do Pico. A 23 de Novembro, pelas 12 h 36 min., registou-se um violento sismo (grau 7/8 da escala Wood-Neumann) com epicentro próximo a Santo António, no Pico. O sismo provocou graves danos, com muitas casas parcialmente destruídas, muros caídos e estradas obstruídas, nas freguesias de Bandeiras, Santa Luzia, St. António, e S. Roque, na costa norte do Pico, na freguesia de S. Mateus, na costa sul do Pico, e ainda nas freguesias de Conceição, Matriz e Flamengos, na ilha do Faial.
1980
Sismo de 1 de Janeiro, Terceira, S. Jorge, Graciosa - Pelas 16h 42m do dia 1 de Janeiro de 1980, ocorreu um sismo com intensidade 7.0 Richter, uma profundidade hipocentral de 10-15 km e com epicentro situado no mar cerca de 35 km a SSW de Angra do Heroísmo. Provocou destruição generalizada dos edifícios na cidade de Angra do Heroísmo, na Vila de S. Sebastião e nas freguesias do W e NW da Terceira, nas freguesias do Topo e Santo Antão, em S. Jorge, e ainda no Carapacho e Luz, Graciosa. Morreram 71 pessoas e ficaram mais de 400 com ferimentos. Ficaram danificadas muitas casas, causando cerca de 15 000 desalojados.
1981
Erupção submarina na Fractura Mónaco - Em princípios Julho uma pequena erupção submarina a cerca de 300 m de profundidade foi detectada no Banco Mónaco (SSW de S. Miguel), com emissão de gazes e de material basáltico.
1997
Erupção submarina no Banco D. João de Castro - Na primavera de 1997 a intensa actividade microssísmica registada naquela área, acompanhada de numerosos pequenos sismos (I a III da escala Mercali) sentidos na Terceira e em S. Miguel levam a admitir a ocorrência de uma erupção submarina, a grande profundidade, no Banco D. João de Castro.
Escorregamento da Ribeira Quente, S. Miguel - Em 31 de Outubro de 1997, após mais de uma semana de chuvadas intensas, que culminou com cerca de duas horas de precipitação excepcional na madrugada de 31 de Outubro, ocorreu um escorregamento de terras na encosta do Outeiro das Freiras, sobranceira à povoação de Ribeira Quente, ilha de S. Miguel, provocando 29 mortos, 3 feridos graves e levando ao desalojamento de 36 agregados familiares, num total de 114 pessoas. Particularmente afectada foi a Canada da Igreja Velha, onde diversas habitações ficaram soterradas.

1998
Sismo de 9 de Julho, Faial, Pico e S. Jorge - Pelas 5:19 da madrugada um sismo de magnitude 5,6 Richter com epicentro a NNE da ilha do Faial provocou a destruição generalizada das freguesias de Ribeirinha, Pedro Miguel, Salão e Cedros na ilha do Faial e fortes danos em Castelo Branco (Lombega), Flamengos e Praia do Almoxarife, também do Faial. Também atingidas foram várias localidades do Pico. No extremo W de S. Jorge (Rosais) o sismo provocou grandes desabamentos de falésias costeiras. Morreram 8 pessoas, todas no Faial. Ficaram desalojadas 1700 pessoas.
1999-2000
Erupção vulcânica submarina da Serreta, Terceira - Foram registados microsismos na área a partir de 25 de Novembro de 1998. Pescadores detectaram a erupção em finais de Dezembro. A erupção decorre de forma intermitente com emissão de gases e de lava basáltica. Não tem provocado sismicidade sentida. Em Fevereiro de 2000 a erupção continua .

Mar poderá subir 1.8 até 2100


O aquecimento global está a provocar uma rápida subida do nível do mar.
O nível do mar está a subir a uma velocidade nunca antes vista. Os dados recolhidos indicam que é mesmo o dobro da registada no século XX.
O caso é grave, e alimentado pelo aquecimento global.
Os últimos dados, recolhidos desde 1993, revelam que o mar deverá subir 1.8 metros até 2100. Valor que é muito superior ao previsto pelo painel da ONU dedicado ao clima.
Se entre 1950 e 2000 a taxa média registada era de 1.8 mm por ano, entre 1993 e 2008 o valor subiu para 3.4 mm por ano.

Açores com 8,12 milhões de anos


Foi há mais de 8,12 milhões de anos, na proximidade da Crista Média Atlântica (CMA), que o vulcanismo deu origem aos Açores. Estão patentes em todas as ilhas, com maior ou menor visibilidade, empilhamentos de escoadas basálticas resultantes do vulcanismo fissural inicial.

A morfologia e as características das formações rochosas de cada ilha traduzem a sua história geológica. As marcas do tempo permitem tirar conclusões acerca das alterações poleoclimáticas, da predominância do vulcanismo sobre a erosão, ou vice-versa, e da actuação da tectónica, que condicionou a formação de cada uma das ilhas e que posteriormente as afectou. A configuração das ilhas, os alinhamentos dos cones vulcânicos, a direcção dos filões que atravessam várias formações litológicas, os descolamentos que afectam as crateras e os depósitos vulcânicos evidenciam a influência da tectónica na génese e evolução do Arquipélago. A presença de grandes aparelhos vulcânicos, com ou sem caldeiras, aponta para fases evolutivas distintas. A ausência de caldeira indicia um período inicial da evolução dos estratovulcões, em que a câmara magmática subjacente não existe ou se encontra numa fase incipiente.

O povoamento do Arquipélago dos Açores ocorreu em meados do século XV e, desde então, já se registaram cerca de 26 erupções, subaéreas e submarinas. Os estilos eruptivos foram bastante diversificados, variando entre os tipos hidromagmático, estromboliano, havaiano e pliniano a sub-pliniano. A maior parte das erupções históricas subaéreas caracterizaram-se por apresentar um Índice de Explosividade Vulcânica (IEV) baixo a médio. Os mecanismos eruptivos foram predominantemente dos tipos havaiano e estromboliano, associados a lavas básicas de baixa viscosidade. Há a salientar, no entanto, as erupções de 1439 (Sete Cidades), de 1563 (Caldeira da Lagoa do Fogo) e de 1444 e 1630 (Caldeira das Furnas), todas na ilha de S. Miguel, por terem apresentado características de grande explosividade decorrentes do facto de estarem relacionadas com magmas muito ácidos e viscosos.A existência de vulcões potencialmente activos na maior parte das ilhas dos Açores, aliada ao facto do período de retorno da actividade vulcânica nalguns dos mais perigosos vulcões da Região ter sido há muito ultrapassado, exige que se implementem, cada vez mais, meios de monitorização eficientes que conduzam a uma melhor compreensão do comportamento dos vulcões em observação. Neste contexto, as técnicas de monitorização existentes ou a desenvolver incluem a vigilância sísmica - através de estações sísmicas digitais e acelerógrafos, análise de gases e de águas termais, medições microgravimétricas e de deformação de terreno, incluindo geodesia e GPS.


A Crista Média Atlântica é uma estrutura distensiva pura, sismicamente activa, que se estende de Norte a Sul do Atlântico, intersectada por falhas transformantes, de tendência geral Este-Oeste, que a fragmentam em inúmeros troços. Esta estrutura estabelece o limite entre a placa Americana, que se encontra a Oeste, e as placas Euroasiática e Africana, que se desenvolvem para Leste deste acidente tectónico (Meidav & Forjaz, 1983). As ilhas das Flores e do Corvo integram a placa Americana, a Oeste da CMA, ao invés das restantes, que se edificaram a Este daquela estrutura.

Terramotos

Terramoto de 1757
Era fim de noite. Noite de 09 de Julho quando de súbito a terra estremeceu. Reza a história que morreram mais de 1000 pessoas no concelho da Calheta, o concelho das Velas apenas registou danos materiais com a ruína de alguns edifícios. Este abalo foi tão forte que se sentiu em todas as ilhas do grupo central e oriental.
Na vila da Calheta, apenas duas casas ficaram erguidas e mesmo assim sofreram graves danos.
Conta-se também que este abalo foi tão forte que originou movimentação de areias ou lavas pois a norte da ilha avistaram, no dia seguinte, 18 ilhotas de diferentes tamanhos que depois desapareceram.

O poder destrutivo da água

Inundação de 1588
No dia 08 de Novembro de 1588, um temporal assolou a vila das Velas e inundou-a. Algumas pessoas morreram e houve grandes prejuízos pois algumas casas ficaram totalmente destruídas.
No jornal “Jorgense”, o dr. João Teixeira publicou os seguintes versos de um poeta da época.

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“Vejo muitas querelas dadas,
Indevidas, sem razão;
Vejo demandas dobradas.
Que foram bem escusadas,
Que é mais nossa perdição.

Em oitenta e oito d’era,
Mil e quinhentos passados,
Foi tempo que não devera,
Foi tal dilúvio na terra
Que andam os homens pasmados.

Aos oito dias andados
De Novembro se dizia,
“Houve casos desastrados”,
Correram grutas, valados,
Cada um qual mais podia.

Correram tais enxurradas
De água mui abundantes,
“Muitas casas derrubadas”,
“As mais belas alagadas”
“De todo até aos tirantes”.

……………………………
Na igreja principal
Entrou em tão grande lodeiro

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Inundação de 1606
Segundo alguns historiadores, a vila de Velas foi praticamente arrasada e destruída por causa de um incêndio e depois de um dilúvio. Tudo isto aconteceu entre os dias 12 e 16 de Fevereiro de 1606. As águas vieram do cimo da ladeira e trouxeram muitos detritos. Esta enxurrada estendeu-se por toda a vila sendo que, uma parte ficou soterrada e a outra transformada em grutas e abismos. A destruição foi tal que, era difícil chegar ao lugar de S. Pedro mesmo para quem ia a pé e na área da Piedade abriu-se uma levada. A água destruiu também um forte que existia abaixo das alcaçarias e, cuja pedra se aproveitou para recupera ruas e edifícios.
Duarte de Sousa conta no seu livro, “Ilha de S. Jorge, Apontamentos históricos e descrição topográfica” reeditado em 2003 pela Câmara Municipal de Velas, que: A Rua do Sacramento, a principal da vila, que dava a Nossa Senhora da Conceição, assim como a rua que ia da igreja maior para a mesma senhora, pelas quais passavam as procissões, foram entulhadas e obstruídas, tendo de abrir-se caboucos para restabelecer o trânsito e para o giro das procissões, por não haverem outras ruas para elas; e para se abrir passagem para a referida igreja da Conceição foi ainda preciso expropriar um pedaço de terreno a S. Lázaro pertencente ao mareante Martins Gonçalves.

Trilhar as Flores

Olá!

No meio de uma amena cavaqueira no bar da escola surgiu a ideia de irmos fazer turismo. Optamos pela ilha das Flores por ser local de residência de um de nós e por ser uma ilha que os outros não conhecem.
Começamos a pensar (o que é raro!) e chegamos à conclusão (óbvia) de que não tinhamos dinheiro.
Não há problema! Mãos-à-obra e começam a surgir as ideias.

Estamos a poupar uns dinheiritos por semana (são menos umas gomas ou uns chupa-chupas ao final da semana), a vender guloseimas no bar da escola, também vendemos rifas para um Cabaz de Natal e vamos pedir patrocínios.
Estamos com esperança de conseguir dinheiro suficiente para não termos de o pedir aos nossos papás!

Se tudo correr bem ... nas férias da Páscoa .... Flores cá vamos nós!!